Baixa libido, também denominada de transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH), é uma das queixas mais comuns em pacientes mulheres que buscam por consulta médica, acometendo principalmente as que se encontram na menopausa. Não é incomum também observar a mesma queixa em mulheres jovens.
A libido feminina é dependente de inúmeros fatores, sendo estes os mais comuns: Níveis baixos de testosterona, fatores emocionais, físicos e ambientais, que podem alterar diretamente o desejo sexual. Doenças psiquiátricas como distúrbios da ansiedade e depressão também podem agravar esta situação, tanto pela condição, quanto pelas medicações utilizadas para algumas delas.
E a real importância da testosterona nestes casos?
A testosterona também está presente no organismo da mulher, porém em quantidades menores que no homem. Nas mulheres o hormônio é produzido nos ovários e nas glândulas suprarrenais, tendo entre suas funções auxiliar o processo de reprodução, influenciando diretamente na libido. Assim como para o homem, ela é importante para o desejo sexual, sendo também responsáveis pela manutenção da massa muscular, da disposição física e do emagrecimento.
O tratamento pode ser complexo, incluindo o controle dos múltiplos fatores e incluem mudanças no estilo de vida, tratamento de distúrbios médicos ou psiquiátricos coexistentes, troca ou descontinuação de medicamentos que possam afetar o desejo sexual, além da terapia hormonal.
A prescrição da testosterona deve ser analisada por profissional habilitado, com análise de exames laboratoriais e clínicos. Sua reposição pode estar indicada, cabendo ao profissional em conjunto com a paciente, optar pela melhor forma de administração da mesma.
A utilização da gestrinona na forma de implantes, também conhecida como chip da beleza, também pode ter papel importante no tratamento, devido ao potencial que possui em manter baixos níveis da Globulina de ligação a hormônios sexuais (SHBG), resultando consequentemente em níveis elevados de testosterona livre.
Como podem ver, o tratamento é extremamente individualizado, cabe ao médico capacitado avaliar e propor a forma que mais se adequa a cada situação.